Prefeituras da Região de Londrina investem em governos digitais

Com a pandemia acelerando a necessidade de inovação nos serviços públicos, as Prefeituras do Norte Paranaense estão intensificando a implantação de soluções que melhorem a eficiência dos serviços prestados à população. Foi o que destacaram prefeitos e gestores em evento promovido Rede Cidade Digital (RCD) na manhã desta terça-feira (27).

Representantes de mais de 70 Prefeituras participaram do Webinar das Cidades Digitais da Região de Londrina, apresentado pela jornalista Valdireni Alves, que mostrou como Apucarana, Cambé, Ibiporã e Londrina estão investindo em cidades mais conectadas e inteligentes. “Agora é o momento, acelerado por esta terrível pandemia, de transformação digital das cidades. Por isso este evento para trazer informações e conhecimentos que possam ajudar na formulação de políticas públicas”, disse o diretor da RCD, José Marinho.

O prefeito de Ibiporã, José Maria Ferreira, ressaltou a importância do uso de dados para gestão das cidades. “Hoje é impensável estar à frente de uma administração que não privilegie e que não coloque foco na tecnologia”, argumentou ele, destacando o investimento em tecnologia para auxiliar no combate à pandemia. “Foi o aspecto da informação que nos permitiu que pudéssemos enfrentar esse problema da pandemia, especialmente na questão da saúde, com muito mais assertividade”.

Em Apucarana, o prefeito Junior da Femac cita o aumento na oferta de serviços online e ferramentas na Educação e Transporte Público. “Por conta da pandemia tivemos que adiantar algumas ideias que tínhamos”, lembrou o prefeito. Ele também comentou sobre a economia com a implantação da telefonia digital. Segundo ele, houve uma redução de 57% nos gastos com telefonia. “Reduzimos em mais de R$300 mil por ano essa conta de telefone. Outra coisa interessante que colocamos aqui foram as câmeras de segurança. Nós temos 800 câmeras ligadas à Prefeitura. Dessas, temos 203 câmeras digitas 4k que ficam à disposição das forças de segurança. São câmeras que agora colocadas vamos passar para leitura facial”, adianta ele. “Conseguimos reduzir bastante o número de ocorrências na nossa cidade”, completou o prefeito.

Centro de Inovação – Londrina também é destaque no investimento em soluções para cidade inteligente. Para o diretor de Ciência e Tecnologia do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (CODEL), Roberto Moreira, a inauguração do Centro de Inovação, prevista para o próximo ano, impulsionará ainda mais a oferta de soluções inovadoras. “Vai ser a sede de startups, incubadoras, aceleradoras, fundos de investimentos, empresas de tecnologia, teremos um viés muito forte para soluções de GovTech, soluções de governo digital”, explica.

A Rua Inteligente é outro projeto pioneiro em Londrina que deve ser inaugurado em agosto, de acordo com o diretor. O projeto, viabilizado através de uma parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (PTI), conta com aplicação de inteligência em semáforos, câmeras e iluminação pública, por exemplo. “Colocamos Londrina inteira para receber projetos de inovação”, observou Moreira.

Plano Diretor de Tecnologia – O prefeito de Cambé, Conrado Scheller, destacou o trabalho em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL) para elaboração do Plano Diretor de Tecnologia da Informação que direcionará as ações de inovação e modernização da cidade. “Tivemos a fase de ouvir os secretários, de ouvir as equipes temáticas de cada secretaria, para aí sim, através desse estudo, possamos olhar de fora e entender o que nós precisamos inovar, o que a tecnologia vai poder vir e suprir a necessidade”, argumenta. “Acreditamos que vamos ter elementos suficientes e ter um diagnóstico completo das nossas deficiências”, completou Conrado Scheller.

Conforme o Prof. Dr. Rodolfo Miranda de Barros, do Departamento de Computação da UEL, o documento é um dos principais passos para implantação de uma cidade inteligente. Para a oferta de serviços mais eficientes, argumenta o especialista, é preciso posicionar a tecnologia como estratégica na administração municipal. “O Plano vai juntar o que o prefeito precisa, aonde a Prefeitura quer chegar, qual é a visão que essa administração tem, as necessidades das secretarias, as necessidades dos munícipes e a partir daí vamos criar o plano para atingir esses objetivos”, enumera Barros.

Da Redação

Prefeitos & Governantes

Com informações da Rede Cidade Digital

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