Crédito: Banco de Imagens
Em resposta ao desafio do Governo Digital, municípios investem em políticas ativas de inclusão, criando telecentros e capacitação gratuita para garantir que nenhum cidadão fique para trás na nova era dos serviços públicos.
A era do Governo Digital trouxe inegáveis ganhos de eficiência e transparência, mas também acentuou um problema social crônico: a exclusão digital. Enquanto a maioria dos serviços públicos (agendamento de saúde, emissão de documentos, matrícula escolar) migra para o online, milhões de cidadãos, especialmente idosos e moradores de bairros de baixa renda, não possuem acesso à internet ou o conhecimento básico para utilizar essas plataformas.
Para garantir que a inovação seja sinônimo de inclusão, diversas prefeituras estão investindo em políticas ativas, transformando a tecnologia em um vetor de cidadania. O sucesso dessas iniciativas prova que o papel do gestor é democratizar o acesso, garantindo que as inovações digitais beneficiem a todos, e não apenas uma parcela da população.
Estratégias de Inclusão na Base da Pirâmide
O modelo de inclusão digital que está sendo adotado pelos municípios mais avançados baseia-se em dois pilares: infraestrutura de acesso e capacitação humana.
Telecentros e Centros de Acesso Gratuito: O investimento mais visível é na criação de telecentros, quiosques digitais e centros de acesso à internet em bairros carentes, em escolas e em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Esses espaços fornecem computadores, banda larga de qualidade e, crucialmente, o apoio de monitores treinados para auxiliar os cidadãos. É a forma mais eficaz de levar a internet e o equipamento para quem não pode pagar por eles.
Programas de Alfabetização Digital: A infraestrutura é inútil sem conhecimento. Os municípios estão investindo em cursos gratuitos e modulares, focados em públicos específicos:
Pessoas Idosas: Cursos de segurança online, uso de aplicativos de saúde e comunicação (WhatsApp, redes sociais).
Desempregados: Capacitação em ferramentas essenciais para o mercado de trabalho (currículos digitais, e-mail e plataformas de emprego).
Microempreendedores: Treinamento em vendas online, gestão financeira digital e uso de aplicativos de serviços públicos (alvarás, licenças).
Apoio ao Acesso a Serviços: Os centros de inclusão atuam como “pontes” entre o cidadão e a prefeitura. Os monitores auxiliam diretamente o público a acessar os serviços digitais do município, como o agendamento de consultas médicas, a solicitação de vagas em creches e o acompanhamento de processos.
O Retorno Social do Investimento em Tecnologia
A inclusão digital é um investimento com alto retorno social. Ao capacitar o cidadão para usar o Governo Digital, a prefeitura:
Reduz a Desigualdade: Diminui a exclusão social e a vulnerabilidade, dando à população as ferramentas necessárias para participar plenamente da sociedade moderna.
Melhora a Eficiência do Serviço: O cidadão que consegue resolver seu problema online desafoga as filas de atendimento físico, permitindo que os servidores foquem em casos mais complexos.
Impulsiona a Economia Local: A capacitação digital abre portas para novos empregos e fomenta o pequeno empreendedorismo, que pode expandir seus negócios para o ambiente online.
O combate à exclusão digital é a nova fronteira da política social. Para o gestor, é a prova de que a tecnologia, quando acompanhada de uma política de inclusão humana e ativa, é o instrumento mais poderoso para construir uma cidade verdadeiramente justa e inteligente.
Fonte: Secretaria de Inovação e Gestão de municípios

