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Especialistas defendem integração entre transporte público, modais sustentáveis e tecnologia como pilares para uma mobilidade urbana mais eficiente e inclusiva no Brasil.
O trânsito caótico, a falta de integração entre modais e o crescimento desordenado das cidades continuam entre os grandes desafios da gestão pública brasileira. Mas novas ideias estão surgindo para mudar esse cenário.
Um artigo publicado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) propõe um modelo de mobilidade urbana conectada, capaz de combinar transporte coletivo, meios alternativos e tecnologia inteligente para otimizar deslocamentos e melhorar a qualidade de vida nas cidades.
A proposta parte de uma visão integrada: unir transporte público eficiente, bicicletas e patinetes elétricos, aplicativos de transporte e infraestrutura urbana inteligente, tudo conectado a uma base de dados compartilhada. Segundo o estudo, essa abordagem permite reduzir congestionamentos, emissões de carbono e o tempo de deslocamento diário da população.
“Mobilidade não é apenas transporte. É sobre acesso, inclusão e sustentabilidade. Quando a cidade oferece múltiplas opções integradas, ela se torna mais humana e eficiente”, explica Carlos Vilela, pesquisador da FGV e um dos autores do artigo.
Alguns municípios já estão trilhando esse caminho. Curitiba (PR), por exemplo, tem apostado em corredores exclusivos e na eletrificação da frota de ônibus. Fortaleza (CE) e São José dos Campos (SP) também se destacam pela integração entre transporte público e bicicletas compartilhadas.
Essas iniciativas mostram que é possível alinhar inovação e sustentabilidade, desde que haja planejamento urbano e investimento em tecnologia. Para os especialistas, o futuro das cidades brasileiras passa inevitavelmente por uma mobilidade mais conectada, verde e colaborativa.
“Não se trata apenas de mover pessoas, mas de mover ideias e construir cidades que respiram melhor, pensam melhor e vivem melhor”, conclui o artigo.
Fonte: Fundação Getulio Vargas (FGV)

