Crédito: Banco de Imagens
Gestores intensificam a substituição do parque de iluminação pública por tecnologia LED, transformando a eficiência energética em alívio imediato para o orçamento e em segurança real para a população.
À medida que o planejamento orçamentário para 2026 se consolida, prefeitos de todas as regiões do Brasil elegem um inimigo comum: a conta de energia elétrica. Com os custos operacionais pressionando o caixa, a modernização da iluminação pública deixou de ser uma obra de embelezamento para se tornar uma ferramenta indispensável de responsabilidade fiscal. A substituição das antigas lâmpadas de vapor de sódio (amarelas) pela tecnologia LED está acelerada, impulsionada pela promessa de reduzir os gastos com iluminação em até 50%.
Para o gestor público, a matemática é simples e atraente. O parque de iluminação antigo é um “vampiro” energético que exige manutenção constante. Já o LED, além de consumir muito menos, possui uma vida útil superior a 50 mil horas. Isso significa que a prefeitura economiza duas vezes: na fatura paga à distribuidora de energia e no contrato de manutenção, já que as trocas de lâmpadas queimadas tornam-se eventos raros, e não uma rotina diária.
Economia que Vira Investimento
Cidades de médio e pequeno porte, como Primavera do Leste (MT) e Pejuçara (RS), tornaram-se vitrines recentes dessa transformação. Ao completar a migração para 100% LED, esses municípios liberam recursos livres (Recursos Ordinários) que antes eram queimados em eletricidade. Esse dinheiro “novo” pode ser reinvestido em áreas onde o cobertor é curto, como a compra de medicamentos ou a reforma de escolas.
Além da troca das luminárias, o foco para 2026 é a gestão inteligente. Muitos projetos já nascem prevendo a telegestão — sistemas que permitem controlar a intensidade da luz e identificar falhas remotamente. Isso acaba com a ronda noturna para caçar lâmpadas apagadas e permite o ajuste do fluxo luminoso na madrugada, gerando uma economia adicional.
Segurança Pública e Sensação de Pertencimento
O impacto da “luz branca” vai muito além do caixa da prefeitura. Há um fator humano decisivo: a segurança.
Inibição do Crime: Ruas bem iluminadas com LED, que possui alto Índice de Reprodução de Cor (IRC), permitem melhor identificação de rostos e cores, inibindo a ação de criminosos e facilitando o trabalho da polícia e do videomonitoramento.
Ocupação do Espaço: Praças e parques iluminados voltam a ser frequentados pelas famílias à noite. O LED devolve a cidade ao cidadão, fomentando o comércio noturno e o turismo local.
Trânsito Seguro: A visibilidade ampliada reduz drasticamente o risco de atropelamentos e acidentes em cruzamentos perigosos.
Caminhos para Viabilizar a Troca
Para prefeitos que não possuem caixa para o investimento inicial, o mercado oferece modelos maduros. As Parcerias Público-Privadas (PPPs) de iluminação são um sucesso consolidado para cidades maiores. Para os municípios menores, a solução tem sido a adesão a Consórcios Intermunicipais, que ganham escala para comprar as luminárias mais barato, ou o uso de linhas de financiamento específicas para eficiência energética (como o Finisa).
Entrar em 2026 com luz amarela nas ruas é um sinal de atraso administrativo. A modernização para LED é a prova de que é possível fazer “mais com menos”, entregando uma cidade mais bonita, segura e, fundamentalmente, mais barata de se manter.
Fonte: Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (ABCIP)
