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Capital quer acelerar licitação de corredor para não perder verba

Crédito: Corredor de ônibus na Calógeras – Foto: Arquivo

Secretaria de Infraestrutura pode abrir mão de R$ 14,2 milhões se não retomar projeto de obras nos corredores de transporte da Avenida Calógeras até dezembro

Com as obras do projeto de criação de corredores de ônibus no centro da cidade paradas, a Prefeitura de Campo Grande tenta acelerar a abertura de licitações para retomar a construção das estações de embarque do transporte público.

De acordo com Marcelo Miglioli, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), que esteve presente em reunião pública sobre requalificação do corredor de ônibus da Avenida Calógeras, o projeto que foi paralisado em fevereiro do ano passado, e que teve o contrato encerrado um ano depois (fevereiro de 2024), deve ser retomado para que não haja a perca do recurso investido na construção dos corredores.

“O município de Campo Grande está pronto para dar continuidade a esse programa, que acreditamos que vai melhorar as condições da nossa cidade. Revisamos o projeto na parte da engenharia e orçamento, nós temos o recurso garantido, mas se não retornamos essa obra até dezembro, vamos perder o recurso”, disse Miglioli.

O projeto de construir corredores de ônibus no meio das vias do centro da cidade, foi elaborado em 2014 e está previsto no plano de mobilidade urbana de Campo Grande. 

Apesar de estar em funcionamento nas ruas Rui Barbosa e Rio Brilhante, as obras dos corredores estão paralisadas nas avenidas Marechal Deodoro e Calógeras e na Rua Bahia.

Ao fim da reunião com comerciantes da Avenida Calógeras, que são contra a obra, o secretário acredita que o debate sobre a viabilidade do corredor de ônibus foi produtivo.

“Discutimos e apresentamos o projeto, evoluímos em algumas coisas. Existe uma resistência da continuidade do projeto, mas vamos continuar esse debate”, declarou Miglioli.

Segundo o secretário, na reunião, os comerciantes pediram para a Sisep reanalisar a construção da ciclovia na avenida. Eles também são contrários a retirada de uma das faixas de estacionamento, que é necessária para a passagem exclusiva do ônibus do transporte público.De acordo com a Sisep, a construção das estações de embarque na Avenida Calógeras teria o valor empregado de R$ 14.258.384,98.

Na primeira etapa das obras, cuja licitação está sendo preparada e não tem data para ser publicada, um dos corredores de ônibus da Avenida Calógeras será construído entre a Avenida Mato Grosso e o Cemitério Santo Antônio.

Será feito também o recapeamento desse trecho, o reordenamento das calçadas, a ciclovia, a sinalização horizontal e a construção do piso rígido (concreto), onde serão instaladas as estações de embarque. A drenagem entre a Avenida Fernando Correa da Costa e a Avenida Mato Grosso, que foi iniciada na primeira licitação, será concluída.

Na segunda etapa do projeto, será feita a implantação das outras cinco estações de embarque no decorrer da Avenida Calógeras: (1) entre as ruas Marechal Rondon e Dom Aquino; (2) entre as ruas 15 de Novembro e 7 de Setembro, na rotatória da Rua 11 de Fevereiro, (3) entre a Avenida das Bandeiras e a Rua Jornalista Belizário Lima, (4) entre a Rua Dr Cavalcante e a Travessa das Hortênsias, e (5) entre a Avenida Salgado Filho e Rua da Consolação.

CORREDORES PARADOS

Como já noticiado pelo Correio do Estado, em novembro de 2022, a GTA Projetos e Construções, empresa que era responsável pela revitalização da Avenida Calógeras, entre o trecho da Avenida Mato Grosso até a Avenida Eduardo Elias Zahran, e pelas obras de drenagem e instalação do corredor de ônibus e da ciclovia, rescindiu o contrato com a Prefeitura de Campo Grande.

A previsão era de que a revitalização do trecho e a instalação do corredor de ônibus e da ciclovia fossem concluídos em 21 meses. Porém, em 13 meses de trabalho, a GTA Projetos e Constuções concluiu apenas 20% da obra, de acordo com a Sisep, e rescindiu o contrato com a prefeitura, alegando atraso de pagamento por parte do Executivo e defasagem nos preços dos materiais.

O valor total da obra estava calculado em R$ 15 milhões (R$ 1,7 milhão a mais do que o informado na licitação), e R$ 3,5 milhões já teriam sido executados pela GTA. Os recursos utilizados são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – Mobilidade Urbana.
As obras começaram em 2016, mas apenas em 2022 os primeiros e únicos corredores foram entregues, que são os das ruas Brilhante, Guia Lopes e Rui Barbosa.

Saiba

A Prefeitura de Campo Grande criou os projetos de mobilidade urbana em 2014. Foram criados 69 quilômetros de pistas exclusivas para os coletivos trafegarem entre os terminais. O projeto foi criado para aumentar a velocidade média dos coletivos e diminuir o tempo de viagem.

Fonte: Correio do Estado

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