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Consórcio vencedor assina contrato de R$ 405 milhões para construção da estação em Guarulhos — obras começam em 2026 após fases administrativas e recursos contestatórios.
A expansão da Linha 2‑Verde do Metrô de São Paulo recebeu impulso significativo com a assinatura do contrato de licitação para a construção da Estação Ponte Grande, em Guarulhos. Com valor de R$ 405.3 milhões, a obra foi adjudicada ao Consórcio Crasa‑Ghella em março de 2025 e oficializada em julho, consolidando o primeiro avanço concreto da rede metroviária na cidade.
Contexto e cronologia da licitação
A licitação para a estação foi aberta em novembro de 2024, com proposta de menor preço para obras civis e acessos. O consórcio formado pelas empresas Crasa Infraestrutura S/A e Ghella Spa do Brasil venceu a seleção com oferta 7,6% inferior ao orçamento estimado pelo Metrô, um sinal de competitividade e eficiência no modelo de contratação pública.
Em abril de 2025, porém, o processo foi brevemente suspenso por conta de um recurso administrativo protocolado pelo Consórcio ESS CML2, segundo colocado, que questionou a habilitação do vencedor. O recurso foi indeferido, possibilitando seguir para a assinatura do contrato em julho.
Impacto da obra e cronograma previsto
Localizada entre as avenidas Guarulhos e Marechal Rondon, a Estação Ponte Grande será subterrânea e contará com três lances de escada rolante, praça de acesso, espaços comerciais e integração com o transporte urbano da EMTU.
O edital prevê a conclusão dos projetos executivos em até um ano após assinatura do contrato. As obras civis têm prazo de 61 meses e o contrato completo validade de 70 meses — com previsão de término entre 2030 e 2031. A primeira fase operacional da escavação de túneis com o tatuzão deve começar em 2026, após a terraplanagem inicial.
Relevância na mobilidade paulistana
A nova estação representa o primeiro passo do Metrô de São Paulo dentro do município de Guarulhos, ampliando substancialmente o alcance da Linha 2‑Verde. Com ela, os moradores contarão com acesso direto ao sistema metroviário, reduzindo deslocamentos por transporte individual ou ônibus intermunicipal.
Além disso, a nova estação será uma conexão fundamental com a futura Linha 19‑Celeste (que ligará Guarulhos à Zona Leste), fortalecendo a estrutura metropolitana com sinergias intermodais.
Conclusão: licitação como motor de desenvolvimento urbano
A assinatura do contrato marca o início de uma nova fase na mobilidade urbana de Guarulhos e da Região Metropolitana. A eficácia do processo licitatório — com disputa competitiva, solução rápida do recurso e contratação objetiva — demonstra os benefícios de uma gestão pública eficiente, transparente e voltada a resultados.
Prefeitos e gestores municipais podem se inspirar na experiência para avançar em licitações estratégicas em suas localidades, especialmente nos setores de infraestrutura e transportes.
Fonte:
Metrô CPTM

