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O Brasil que queremos é o Brasil do futuro?

Durante muito tempo, o Brasil foi considerado o “País do Futuro”, que certamente estava se tornando uma potência na economia, preservação ambiental e até na política. Tivemos a chance de mostrar ao mundo nossas origens e diferentes culturas de forma criativa e respeitosa, o que gerava sempre uma expectativa que poderíamos gerar prosperidade ao nosso povo.

A pergunta que fica é: Nos enganamos? Erramos? Calculamos mal? Por que nunca conseguimos sair da mesmice? Ficamos sempre com a impressão que temos que fazer tudo outra vez ou provar que estamos certos. O sentimento de esperança dá lugar a frustração.

Obviamente, não podemos esperar que vivamos um mundo cheio de flores a todo o momento. É natural as dificuldades diárias se sobreporem, acompanhada muitas vezes de injustiças. Mas temos a certeza que o Brasil tem muito a oferecer.

A crise política e econômica dos dias atuais começou em 2013, logo após o período de crescimento econômico iniciado no primeiro governo Lula. Milhões de pessoas, em sua maioria jovens, saíram às ruas exigindo um Brasil mais transparente, democrático e com melhores serviços públicos, sem corrupção e com oportunidades mais justas.

Nessas mesmas manifestações, também houveram exageros e violência transmitidos pela imprensa. Ali, se perdeu uma enorme chance: o diálogo.

Veio também a Copa do Mundo de 2014 com promessas inexequíveis e obras superfaturadas que terminou num nada saudoso 7×1. No mesmo ano, Dilma Rousseff foi reeleita por muito pouco e também iniciaram as investigações da Operação Lava-Jato que trouxe a luz um dos maiores escândalos de corrupção do mundo.

Nos anos seguintes, mais problemas. O rompimento da barragem de Mariana em Minas Gerais que vitimou 18 pessoas e causou enorme impacto ambiental, social e econômico naquela localidade. Ficando dúvidas sobre a segurança da indústria de mineração e também a responsabilidades de seus respectivos exploradores.

Em 2016, a Lava-Jato se aprofunda, junto veio uma crise política e econômica, o sentimento de uma crise moral se espalhava. Dilma e o PT não resistiram e a Presidente sofreu Impeachment sob a Liderança do Deputado Eduardo Cunha. As investigações chegaram ao Presidente Lula que acabou sendo preso.

Os principais analistas políticos e econômicos faziam fé e calculavam que em 2018 seria eleito um candidato adepto ao liberalismo econômico, o que não passou de um sonho, pois o sentimento dos eleitores naquela eleição foi de total ruptura escancarada pela vitória de Jair Bolsonaro.

Após tomar posse, Bolsonaro em entrevista disse que “seu governo não era para construir coisas, mas desconstruir”. Iniciou o mandato com um novo rompimento na Barragem de Brumadinho em Minas Gerais que infelizmente matou 270 pessoas. Mas os dados mais negativos foram o corte de verbas para a educação e a saúde, os aumentos das queimadas na Amazônia e no Pantanal. O presidente então, cada vez mais apoiava aos que se beneficiavam dessa destruição.

A pandemia da Covid-19 foi um divisor de águas infelizmente. Morreram quase 700 mil pessoas. Poderiam ter sido muito menos se não houvesse a sabotagem do Governo Federal, classificado pelo presidente como uma “gripezinha”. O Ministério da Saúde era ocupado por um incompetente, mais preocupado em puxar o saco do que efetivamente comprar vacinas por exemplo.

Como se não bastasse as excessivas mortes, tivemos um aumento da pobreza que provocou que milhões de pessoas, não apenas no Brasil, voltassem a sobreviver de doações, desnudando a nossa precariedade social.

A violência continua sendo um câncer. É preciso repensar nossa forma de combatê-la, articulando com mecanismos sociais e econômicos.

Apesar do negacionismo da Covid-19, das urnas eletrônicas, também pairou sobre nosso povo o medo e atos contra nossa democracia. Nossa sociedade ficou polarizada e uma ferida se abriu. Quem é um, não é o outro, fake News, xingamentos e palavras em tom bélico se tornaram parte do cotidiano, sem falar na captura equivocada da pauta de costumes e fundamentalismo religioso.

Temos muitos desafios pela frente, são 61 milhões de brasileiros que estão em enormes dificuldades, seja da falta de trabalho, de acesso a assistência social e serviços públicos. Desses, 15 milhões estão na miséria passando fome. Num país que é tido como o maior produtor de alimentos do Mundo, chega a ser inacreditável.

Nossa sociedade tem força para se reerguer, como sempre fez. O que precisa definir agora é se queremos continuar indo pra trás ou se quer dar um passo ao futuro com mais justiça e fraternidade?

João Henrique de Almeida

Consultor Político

Foto: https://blog.editoracontexto.com.br/

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