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Audiência pública marcada para setembro deve aprofundar discussões sobre impactos da proposta na gestão pública, especialmente nos municípios, onde prefeitos temem perda de autonomia e servidores questionam riscos de precarização.
A Câmara dos Deputados volta a colocar a reforma administrativa no centro do debate político nacional. Uma audiência pública está marcada para o início de setembro, reunindo parlamentares, representantes de entidades, prefeitos e sindicatos de servidores.
A proposta, que promete modernizar o Estado e reduzir gastos, preocupa tanto gestores municipais quanto funcionários públicos. Prefeitos destacam que eventuais mudanças no regime de contratação e progressão de carreira podem afetar diretamente a capacidade dos municípios de manter serviços básicos, como saúde, educação e assistência social.
Por outro lado, defensores da reforma argumentam que as alterações podem tornar a máquina pública mais ágil e menos onerosa, especialmente em períodos de crise fiscal. Ainda assim, entidades ligadas ao funcionalismo alertam para o risco de aumento de contratos temporários e perda de garantias históricas.
Para muitos gestores locais, a expectativa é que o debate seja conduzido com equilíbrio, ouvindo as demandas das cidades brasileiras — responsáveis por executar a maior parte das políticas públicas. “Não se pode tratar a reforma apenas como tema de Brasília; seus reflexos são sentidos no dia a dia dos municípios”, ressaltou um pesquisador ouvido pela Agência Brasil.
Os próximos meses devem ser decisivos: enquanto o Congresso discute, prefeitos e servidores intensificam mobilizações para garantir que a reforma administrativa não traga retrocessos à gestão pública municipal.
Fonte: Agência Brasil / Câmara dos Deputados

