Estudo destaca que o acesso universal à água e ao esgoto tratado é condição fundamental para combater desigualdades sociais e melhorar indicadores de saúde e educação no país.
O acesso à água potável e ao saneamento básico ainda é um desafio para milhões de brasileiros — e uma barreira que impede o desenvolvimento social e econômico de diversas regiões. É o que mostra o novo levantamento do Instituto Trata Brasil, divulgado em outubro de 2025, com o tema “Saneamento é essencial para romper o ciclo de exclusão”.
De acordo com o estudo, cerca de 35 milhões de pessoas no país ainda vivem sem acesso à rede de esgoto e quase 10 milhões não têm abastecimento regular de água tratada. As regiões Norte e Nordeste continuam apresentando os piores índices, com municípios que sequer possuem sistemas de coleta e tratamento adequados.
Os dados reforçam que a falta de saneamento impacta diretamente na saúde, na educação e na produtividade da população. Crianças sem acesso a água limpa têm mais chances de faltar à escola, e doenças relacionadas à falta de saneamento ainda representam parte significativa das internações hospitalares no Brasil.
Para Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, o tema precisa ser tratado como prioridade nacional:
“O saneamento não é apenas uma questão de infraestrutura, é uma questão de dignidade humana. Investir em saneamento é investir em igualdade de oportunidades e em um futuro mais justo.”
O relatório também mostra avanços importantes em algumas cidades, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde programas de concessão e parcerias público-privadas vêm acelerando a universalização dos serviços. Mas o desafio permanece: ampliar investimentos, fortalecer a regulação e garantir que as obras cheguem a quem mais precisa.
Com o novo marco do saneamento, o Brasil tem metas ambiciosas até 2033 — e o Instituto Trata Brasil reforça que o cumprimento delas depende de planejamento, transparência e vontade política.
Fonte: Instituto Trata Brasil – Relatório 2025

