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Prefeitura do Recife inicia licitação para privatizar o Geraldão por 35 anos

Crédito: Geraldão, na Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, foi reinaugurado após uma grande reforma em 2020 (arquivo). — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo gestão municipal, previsão de investimento durante o período é de R$ 228 milhões e atividades esportivas gratuitas serão mantidas

A prefeitura do Recife abriu edital de licitação para concessão do ginásio de esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão, por 35 anos. O complexo esportivo ocupa uma área de mais de 37 mil metros quadrados, sendo 21 mil metros quadrados de área construída, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Segundo a prefeitura, há uma previsão de investimento de R$ 228 milhões no espaço durante o período da terceirização.

A estrutura inclui quadras poliesportivas, ginásio multiuso e estacionamento. De acordo com o edital, a concessão à iniciativa privada inclui a realização de obras complementares às que já foram realizadas pela prefeitura do Recife durante a recente modernização do espaço, cujas obras duraram sete anos e foram inauguradas em 2020 (veja mais abaixo).

A empresa concessionária deve investir R$ 19 milhões para manter, modernizar e adequar sistemas elétricos, climatização, vestiários, quadras poliesportivas externas, piscinas, estacionamento e áreas comuns.

Além da administração do ginásio por 35 anos, estão incluídas a gestão, a manutenção e a operação do equipamento esportivo, sem contrapartida da prefeitura, e preservando as atividades gratuitas oferecidas pela Secretaria de Esportes no local.

Atualmente funcionam no Geraldão uma série de escolinhas esportivas gratuitas, nas quadras poliesportivas e também na quadra de areia e nas piscinas.

A remuneração da concessionária deve vir pela locação do Geraldão para eventos, bares e restaurantes, academias, lojas esportivas, estacionamento e exploração do espaço para ações publicitárias. Também será permitido associar o nome do Geraldão a uma marca ou patrocinador privado, como acontece noutras arenas esportivas.

A abertura das propostas acontece de forma presencial, em sessão pública prevista para o dia 16 de janeiro de 2025, no Recife, e o critério de julgamento adotado é o de maior oferta, em referência ao maior valor pago ao cofres públicos no momento da licitação (outorga fixa).

O detalhamento da licitação está disponível na internet.

Geraldão passou por grande reforma

Após uma reforma que durou sete anos, o Geraldão foi reinaugurado em 24 de setembro de 2020. Antes disso, ele já tinha passado um ano fechado. O projeto custou R$ 746 mil à prefeitura e as obras foram orçadas em R$ 40 milhões.

Na época, a prefeitura do Recife informou que retomaria as atividades esportivas para cerca de 350 alunos de natação, caratê, dança popular e pilates, nas categorias juvenil e adulto.

O ginásio foi inaugurado em 1970 e se tornou uma referência de grandes eventos esportivos e de shows ao longo do tempo. O Geraldão foi palco de jogos da seleção de vôlei, nos anos 1980 e recebeu grandes apresentações de pop e rock nacional e internacional, nos anos 1990. Entre os artistas, apresentaram-se no local Roberto Carlos e Júlio Iglesias.

Segundo informações da prefeitura do Recife, a reforma entregou o equipamento de volta para o uso da população com a seguinte estrutura:

  • Sistema de som com 42 caixas e mesa digital de 32 canais;
  • 3 auditórios, salas para dança, artes marciais e palestras
  • Duas piscinas (uma semiolímpica, de 25×12 metros, e outra de 15×6 metros), 3 quadras fora do ginásio e área externa com estacionamento de 8 mil m².
  • 8 camarotes, 12 bares, tribuna de honra e tribuna de imprensa e capacidade para receber até 10 mil pessoas.

Também são oferecidos no espaço judô, luta olímpica, dança de salão, badminton, basquete, vôlei, futsal, handebol, ginástica aeróbica, ginástica rítmica e ginástica artística.

Privatização de parques

Em julho deste ano a prefeitura do Recife privatizou a administração de quatro parques da cidade, em leilão que aconteceu na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo.

O consórcio Viva Parques do Brasil, formado pelas empresas Aqui é Brasil Parques Ltda., BTG Promoções, Eventos Musicais Ltda EPP e RNB Rodrigues Turismo, venceu a disputa para administrar por 30 anos os parques da Jaqueira, Apipucos e Santana, na Zona Norte da cidade, e Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul.

Os quatro parques, juntos, possuem uma área total de 172,6 mil metros quadrados, o equivalente a 42 campos de futebol.

Com a concessão, o conjunto de empresas ficou responsável pela administração, manutenção e reforma dos parques, com investimento mínimo previsto R$ 413,4 milhões. Os equipamentos foram divididos em dois blocos, que foram arrematados por R$ 338.906,66, da seguinte forma:

  • R$ 198.306,75 para arrematar o Bloco A, com o Parque Dona Lindu;
  • R$ 140.599,91 para comprar a administração do Bloco B, com os parques da Jaqueira, Apipucos e Santana.

A privatização prevê que os recursos devem ser investidos da seguinte forma nos próximos 30 anos:

  • Mais de R$ 279 milhões no Parque Dona Lindu; sendo R$ 35,8 milhões em investimentos de longo prazo e R$ 243,2 milhões em despesas operacionais;
  • Mais de R$ 134,4 milhões nos outros três parques da Zona Norte do Recife; sendo R$ 13,8 milhões em aportes de longo prazo e R$ 120,5 milhões em gastos diários.

O consórcio Viva Parques do Brasil, formado pelas empresas Aqui é Brasil Parques Ltda., BTG Promoções, Eventos Musicais Ltda EPP e RNB Rodrigues Turismo, venceu a disputa para administrar por 30 anos os parques da Jaqueira, Apipucos e Santana, na Zona Norte da cidade, e Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul.

Os quatro parques, juntos, possuem uma área total de 172,6 mil metros quadrados, o equivalente a 42 campos de futebol.

Com a concessão, o conjunto de empresas ficou responsável pela administração, manutenção e reforma dos parques, com investimento mínimo previsto R$ 413,4 milhões. Os equipamentos foram divididos em dois blocos, que foram arrematados por R$ 338.906,66, da seguinte forma:

  • R$ 198.306,75 para arrematar o Bloco A, com o Parque Dona Lindu;
  • R$ 140.599,91 para comprar a administração do Bloco B, com os parques da Jaqueira, Apipucos e Santana.

A privatização prevê que os recursos devem ser investidos da seguinte forma nos próximos 30 anos:

  • Mais de R$ 279 milhões no Parque Dona Lindu; sendo R$ 35,8 milhões em investimentos de longo prazo e R$ 243,2 milhões em despesas operacionais;
  • Mais de R$ 134,4 milhões nos outros três parques da Zona Norte do Recife; sendo R$ 13,8 milhões em aportes de longo prazo e R$ 120,5 milhões em gastos diários.

Fonte: Portal G1

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