A população vai discutir propostas para a política climática do país em audiências com ministros, em cada um dos biomas do Brasil
As chamadas plenárias territoriais são mais uma etapa do processo de participação social na construção do guia da política climática brasileira até 2035, segundo o governo.
A iniciativa foi lançada com discussões em torno de temas como Transformação Ecológica, Transição Energética e Economia Circular.
Participaram do debate pesquisadores, membros do governo federal e da sociedade civil.
Aline Sousa, integrante do Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável do Governo, falou também em nome do Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras. Ela destacou que o lixo é um grande problema ambiental que impacta também o clima por meio de gases, como o metano, que aumentam aquecimento global. E defendeu a importância das mudanças de hábitos, além da reciclagem.
César Victor, representante do Centro-Oeste do Conselho Nacional do Meio Ambiente, falou sobre os incentivos para o agronegócio que, segundo ele, é responsável por desmatamentos de biomas. E defendeu ainda a limitação dos licenciamentos para petróleo.
A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, destacou os eventos climáticos extremos que o Brasil tem vivenciado.
A partir de agora, nas chamadas plenárias, os ministros vão à Caatinga, ao litoral brasileiro, à Amazônia, ao Cerrado, ao Pantanal, à Mata Atlântica e ao Pampa ouvir a sociedade civil.
Recife será a primeira cidade já na próxima quinta. Depois, vem Teresina (PI), Macapá (AP), Imperatriz (MA), Campo Grande (MS), São Paulo (SP), terminando em Porto Alegre (RS) no dia 15 de agosto.
Dessas discussões, vão sair propostas que serão incluídas na plataforma digital Brasil Participativo que está aberta à população até o dia 26 de agosto.
Qualquer pessoa com CPF pode apresentar propostas, votar e fazer comentários. O endereço é gov.br/planoclima. Pra entrar na página é preciso usar o login e a senha da plataforma gov.br.
Depois, o presidente Lula vai apresentar a primeira versão das melhores ideias na COP 29, no Azerbaijão, em novembro deste ano.
A última etapa do Plano Clima será em 2025, com os planos setoriais e a realização da 5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Mudança do Clima.
O resultado de todo esse trabalho será apresentado na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que acontece no Brasil, em Belém (PA), em novembro do próximo ano.
Segundo o governo, essa é a forma que o Brasil encontrou para contribuir com o combate ao aquecimento global, que, de acordo com cientistas, tem causado as mudanças climáticas. E dessa forma, ajudar a limitar o aumento da temperatura média do planeta em 1,5 ºC, em relação aos níveis pré-industriais, como foi acordado por cerca de 190 países na COP 21, na França em 2015.
Fonte: Agência Brasil