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BNDES aceita R$ 246 mi em garantias para aplicações da CS Infra nos terminais do Porto de Aratu (BA)

Crédito: Agência BNDES de Notícias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de garantias de fianças bancárias no valor total de R$ 246 milhões, por meio do BNDES Garantias, a duas sociedades de propósito específico à CS Infra, empresa do Grupo Simpar arrendatária dos terminais ATU12 e ATU18 no Porto de Aratu, em Candeias, BA – a liberação dos recursos só ocorre em caso de execução da garantia.

Os valores envolvem R$ 140 milhões que cobrem 42% do saldo do financiamento do Banco do Nordeste (BNB) a investimentos exigidos pelo contrato de arrendamento do terminal ATU12, e R$ 106 milhões para cobertura de 52% do saldo da operação do BNB para financiar os investimentos contratuais do terminal ATU18. A previsão é que os investimentos gerem cerca de 200 empregos diretos. O terminal ATU 12, que hoje emprega 30 trabalhadores, deverá ampliar esse número para 150 funcionários após a conclusão do projeto. O ATU18, por sua vez, espera expandir seu quadro funcional de 30 para 100 empregados.

O produto BNDES Garantias é recente e corresponde a atuação do BNDES no apoio a investimentos, onde o Banco se responsabiliza pelo pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos clientes junto a credores e só ocorre em caso de execução da garantia.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a operação impulsiona o desenvolvimento de infraestrutura. “A prestação de garantia em fiança bancária ao BNB viabiliza a implantação do projeto dos terminais, que vai expandir a capacidade de movimentação portuária e de armazenamento na região Nordeste, impulsionando as cadeias produtivas locais, portanto está alinhada ao compromisso do governo do presidente Lula com o combate às desigualdades regionais”, avaliou.

“A orientação do presidente Lula é de que os bancos públicos somem esforços em favor do desenvolvimento do Brasil. Muito importante mais essa parceria com o BNDES para impulsionar uma operação estruturadora na Bahia”, afirma o presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara.

Projeto – A CS Infra investirá na operação do ATU 12 e do ATU 18 mais de R$ 800 milhões até 2025, concluindo sua expansão e modernização dos dois terminais o que permitirá ampliar sua capacidade das atuais 300 toneladas/hora para 2.000 toneladas/hora, volumes comparáveis com os melhores processos de excelência operacional e alta produtividade verificados mundialmente.

“Os investimentos que estamos realizando no ATU 12 e no ATU 18 nos permitirão oferecer infraestrutura portuária com o que há de mais moderno no segmento, contribuindo com uma logística altamente eficiente e fundamental para o desenvolvimento e competitividade do agronegócio na Bahia e em todo o país”, afirma Marcos Tourinho, diretor-presidente da CS Portos.

Com área de aproximadamente 163 mil m², o ATU12 movimenta e armazena granéis sólidos minerais, como fertilizantes, concentrado de cobre, minério de manganês e coque de petróleo. Os investimentos no terminal compreendem, entre outros itens: construção, recuperação, modernização e expansão de armazéns para capacidade estática mínima de 80 mil toneladas; dragagem do berço de atracação; aquisição e recuperação de descarregadores de navios; instalação de balanças, aquisição de pás carregadeiras; implantação de sistema de aterramento e proteção contra descargas elétricas; recuperação e modernização do centro de controle de motores; ampliação do sistema de transporte por esteiras e guindastes; e modernização e expansão da prancha de descarga de navios.

A modernização já iniciada no ATU 12 amplia a capacidade de movimentação no terminal para 6 milhões de toneladas ao ano – cerca de 3,5 vezes mais do que anteriormente –, além de expandir a capacidade de estocagem de 100 mil toneladas para 180 mil toneladas e habilitar o terminal para receber navios de até 80 mil DWT (post-Panamax) e calado de 15 metros. Simultaneamente, os novos equipamentos, todos elétricos e de última geração – que incluem tecnologia importada de países como Alemanha, Bélgica e China –, irão ampliar a capacidade de recepção para até 20 mil toneladas por dia.

O terminal ATU18, que ocupa cerca de 52 mil m² no porto baiano, é especializado na movimentação de granéis sólidos vegetais, como soja e milho. Os investimentos na unidade abrangem a construção de silos de armazenagem; ampliação e alargamento da plataforma acostável; construção de dolfins de amarração; aquisição de carregador de navios, sistema de transporte por esteiras, torres de transferência, elevadores e tombadores de caminhão; instalação de balanças; aquisição de subestação e painel elétrico; construção de prédios administrativos; e implantação de sistema de aterramento e proteção contra descargas elétricas. Após a conclusão das melhorias e modernizações, o ATU 18 poderá movimentar 2,2 milhões de toneladas de grãos no próximo ano, com capacidade inicial de estocar 90 mil toneladas, podendo chegar a 5,6 milhões de toneladas após as expansões previstas.

A empresa – A CS Portos é um dos negócios controlados pela CS Infra dedicado à operação e modernização dos serviços de desembarque, embarque e armazenagem nos terminais portuários ATU-12 e ATU-18, no Porto de Aratu, em Candeias (BA). Os contratos têm duração de 25 e 15 anos, respectivamente, e podem ser prorrogados por até 70 anos. Os produtos movimentados no local são sobretudo orientados ao agronegócio, como fertilizantes e grãos, além de concentrado de cobre, minério de ferro e magnesita.

A CS Infra é uma plataforma de gestão de concessões de longo prazo do Grupo SIMPAR (SIMH3). Criada em 2021, tem o objetivo de atuar na melhoria da prestação de serviços e aumento da produtividade de concessões já estruturadas em setores da economia real brasileira. É responsável pelo BRT (Bus Rapid Transit) de Sorocaba, com a modernização, implementação e gerenciamento desse sistema de transporte; CS Grãos do Piauí, responsável pela operação e manutenção de 584,04 km da Rodovia Transcerrados (PI-397, PI-262, PI-247, PI-391 e PI-392), sendo a maior concessão de rodovias das regiões Norte e Nordeste; CS Portos, com a administração dos terminais ATU-12 e ATU-18, contribuindo com a eficiência do processo logístico e de escoamento de cargas na Bahia; e a CS Mobi Cuiabá, responsável pelo projeto de modernização e revitalização da região central de Cuiabá (MT).

Um dos maiores grupos empresariais do país, a Simpar é uma holding ativa, que contribui com cada uma das suas oito empresas controladas – JSL, Movida, Vamos, CS Brasil, Automob, Banco BBC Digital, CS Infra e Ciclus Ambiental. A holding é um elemento diferenciador no desenvolvimento sustentável dos seus negócios que, com operações independentes, atuam sob um modelo de gestão único, compartilhando da mesma Cultura e Valores entre os seus mais de 56 mil colaboradores. Participante da carteira ISE da B3, a Simpar possui modelo de gestão que se pauta por práticas sustentáveis e rígida governança em todos os seus negócios. Com empresas presentes em todo território nacional e outros nove países, a SIMPAR é uma empresa listada na B3 desde 2010 (SIMH3).

Fonte: Agência BNDES de Notícias

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