Crédito: Divulgação
Entenda como as graduações em tecnologia estão impulsionando as startups do clima
A mudança climática é um dos desafios mais urgentes da atualidade, e as soluções para mitigá-la estão surgindo de um lugar até então inesperado: as startups. Conhecidas como climatechs, essas empresas em pleno desenvolvimento estão focadas em desenvolver tecnologias para combater o aquecimento global, reduzir emissões de carbono e promover a sustentabilidade. Um movimento que vem atraindo grandes investimentos e redesenhando o futuro da economia global.
Especialista em sistemas de informação e professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas do UniOpet, Sandro de Araújo, comenta que no Brasil o mercado de climatechs está ganhando força rapidamente. “Investidores estão de olho nessas startups, que prometem retornos financeiros combinados com um impacto positivo no meio ambiente. De acordo com dados recentes, gestoras brasileiras estão aumentando seus aportes nesse setor, apostando no potencial transformador dessas empresas no mercado trilionário da mudança climática”.
Mas o que está por trás desse crescimento? E como a formação acadêmica pode influenciar o sucesso dessas startups?
Segundo Sandro, a resposta passa pela educação, especialmente nas áreas de tecnologia e engenharia. “As climatechs dependem de soluções tecnológicas avançadas para criar produtos e serviços que realmente façam a diferença. É aqui que entra a importância das graduações como Engenharia de Software e Análise de Sistemas, que formam profissionais capacitados para enfrentar esses desafios complexos”.
As climatechs também estão redefinindo como as indústrias e os governos abordam a questão climática. Com um mercado trilionário em crescimento, a demanda por novas tecnologias e soluções sustentáveis nunca foi tão alta. Um exemplo é o fundo Breakthrough Energy Ventures, fundado por Bill Gates, que recentemente captou US$ 839 milhões para investir exclusivamente em climatechs. “Isso mostra a confiança dos investidores no poder dessas startups para gerar impacto real no combate às mudanças climáticas”, explica.
Gestoras brasileiras de olho neste novo mercado
Gestoras nacionais estão direcionando capital para essas empresas, com a expectativa de que elas possam liderar o caminho para uma economia mais verde e sustentável. “Estamos vendo uma mudança significativa na forma como o capital está sendo alocado. Investidores estão cada vez mais conscientes de que apoiar climatechs é uma questão de responsabilidade social e estratégico para o futuro”, comenta.
Alguns dados reforçam essa tendência: o mercado global de tecnologia climática foi avaliado em mais de US$ 3 trilhões, com um crescimento anual de 5% a 6%. Um movimento que vem atraindo uma nova geração de empreendedores e profissionais, especialmente aqueles formados em áreas como Engenharia de Software e Análise de Sistemas. O professor afirma que “esses cursos oferecem a base técnica necessária para desenvolver as inovações que as climatechs exigem, desde algoritmos de inteligência artificial até soluções de big data para monitoramento ambiental.
“Esses profissionais têm a capacidade de criar desde plataformas de gerenciamento de energia até aplicativos que ajudam a reduzir a pegada de carbono. Eles estão na linha de frente dessa revolução verde”, completa.
O sucesso das climatechs depende, além das boas ideias e investimentos, de uma sólida base tecnológica. “É aqui que entra a importância das graduações em Engenharia de Software e Análise de Sistemas. À medida que o mundo se volta cada vez mais para as soluções sustentáveis, os profissionais formados nessas áreas estarão em alta demanda, desempenhando um papel fundamental na criação de um futuro mais verde e sustentável. Estamos apenas no começo dessa jornada, mas já podemos ver o impacto positivo que essas startups estão gerando”, conclui.
Fonte: Portal G1