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Venezuela: Confira como realiza-se a eleição

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro em discurso após eleições, nesta segunda-feira, 29 de julho de 2024. — Foto: REUTERS/Fausto Torrealba. Fonte: Portal G1

Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela diz que Nicolás Maduro venceu a eleição; oposição contesta

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou que, com 80% dos votos apurados, Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições presidencial.

Segundo o CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, Maduro teve 51,2% dos votos e o principal candidato da oposição, Edmundo González, 44,2%

A coalizão oposicionista da Venezuela anunciou que não reconhece a decisão do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) de declarar Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais.

Entenda a seguir como funciona o sistema eleitoral:

Urna eletrônica

A eleição na Venezuela possui uma urna eletrônica, assim como no Brasil. Mas o sistema de votação tem algumas diferenças. Veja o passo a passo:

  1. O eleitor chega ao local de votação e apresenta a carteira de identidade.
  2. O número do documento é digitado em uma máquina. Em seguida, é feita uma autenticação biométrica do eleitor por meio da digital.
  3. A urna é liberada, e o eleitor precisa selecionar a foto do candidato que deseja votar.
  4. As fotos dos candidatos aparecem mais de uma vez na mesma tela. Isso acontece porque o sistema de votação indica os candidatos apoiados por partido. Maduro, por exemplo, aparecerá 13 vezes na urna. Já González, três vezes.
  5. Após o eleitor confirmar o voto, a urna imprime um comprovante de papel da votação.
  6. O comprovante é dobrado e colocado dentro de uma outra urna.

Segundo o governo da Venezuela, mais da metade das urnas passam por uma auditoria. Após o encerramento da votação, os fiscais comparam os votos contabilizados eletronicamente com os comprovantes de papel depositados.

Dúvidas

O sistema eleitoral da Venezuela é colocado em dúvidas pela comunidade internacional.

A última votação no país aconteceu em dezembro de 2023, quando o presidente convocou um referendo para discutir a questão de Essequibo, com o objetivo de anexar parte do território da Guiana.

À época, o governo disse que mais de 10 milhões de eleitores apoiaram a proposta. No entanto, testemunhas informaram que os locais de votação estavam vazios. Além disso, segundo a Associated Press, o conselho eleitoral não divulgou as contagens dos comprovantes de papel.

Já em 2017, quando o país fez eleições legislativas para criar uma Assembleia Constituinte, a empresa responsável pela tecnologia das urnas afirmou que o número de eleitores que participaram da votação havia sido manipulado.

Segundo a Smartmatic, o comparecimento oficial anunciado pelas autoridades eleitorais estava errado em pelo menos 1 milhão. Desde então, o governo passou a usar novas máquinas de votação projetadas internamente.

As eleições de 2017 resultaram na formação de uma Assembleia Constituinte chavista, que usurpou o poder do Parlamento — de maioria opositora.

Fonte: Portal G1

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