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Tecnologia para impedir fraudes em contratos e licitações é aposta de CGU

Ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho (Foto: Rafael Neddermeyer/ Agência Brasil). Fonte: Primeira Página

Em Mato Grosso do Sul duas instituições já aderiram ao programa; a UFMS e o Ministério Público

Para frear as fraudes em licitações e contratos e assim, estancar os prejuízos aos cofres públicos por todo o país, a CGU (Controladoria-Geral da União) tem apostado em tecnologia. O software de inteligência artificial criado para encontrar falhas nos documentos tem nome, Alice, e em Mato Grosso do Sul já é usado em duas instituições.

A informação é do Ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, que cumpre agenda em Campo Grande.

Em entrevista da Morena FM, o ministro reforçou que hoje um dos principais crimes identificados pela Controladoria-geral é justamente as fraudes em licitação.

“A CGU atua bastante em situações de cartéis de licitações, são aquelas situações que às vezes nem tem a participação de um servidor público, mas as empresas combinam quem vai ganhar uma determinada licitação, dividem o mercado daquele serviço ou produto de compra pública e assim por diante”.

Por isso, o software de inteligência artificial foi pensado para identificar qualquer falha que favoreça esse tipo de crime.

“Nós desenvolvemos um programa chamado Alice, ele faz a análise de licitações e contratos, para que a gente consiga atuar na prevenção. É um software de inteligência artificial que mapeia todas as licitações que acontecem e identifica eventuais problemas, incoexistência, que podem gerar fraudes”.

Em Mato Grosso do Sul, duas instituições aderiram ao programa: a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o Ministério Público Estadual.

A expectativa, segundo o ministro, é que outros municípios do estado também passem a usar o programa nos próximos meses.

Nos últimos 11 anos, a Controladoria Geral da União fez operações que resultaram na descoberta do desvio de R$ 6,7 bilhões em esquemas de corrupção ou da má aplicação dos recursos. 

“É um dos principais trabalhos que são desenvolvidos pela CGU nos estados, em conjunto com uma série de parceiros, é esse trabalho de investigação sobre possíveis condutas ilícitas, casos principalmente que podem, onde a gente pode aplicar a lei anticorrupção, responsabilizando empresas, e, eventualmente, servidores públicos envolvidos em atos lesivos ao patrimônio público, desvio de recursos públicos, propina”.

De dois anos para cá, foram investigados esquemas que causaram um prejuízo de R$ 435 milhões. Por isso, as ações da CGU tem se intensificado por todo o país.

Entre a lista de ações, está o CGU Presente, que tem vistoriado de perto o funcionamento de programas federais, como o Mais Médicos, o Brasil Sorridente, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a Alimentação Nacional Escolar, que só em Mato Grosso do Sul atende 478 mil estudantes.

Fonte: Primeira Página

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