Inteligência Artificial vai ajudar no fomento aos municípios

A Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial deve auxiliar no surgimento das cidades inteligentes no país. Foi o que destacou a coordenadora-Geral de Transformação Digital do  Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Eliana Emediato, em evento online com gestores catarinenses nesta terça-feira (11), promovido pela Rede Cidade Digital (RCD). O Webinar das Cidades Digitais da Grande Florianópolis e Região Serrana reuniu prefeitos e servidores de 80 municípios para tratar da transformação digital e de que forma as Prefeituras têm utilizado a tecnologia para atender a população. “Sabemos que falar em administrar não dá mais para não levar a tecnologia em conta, como ferramentas e soluções cada vez mais importantíssimas para que seja possível o melhor atendimento e necessário nesse momento”, disse o diretor da RCD, José Marinho.

Segundo a representante do MCTI no encontro, a Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos irá sediar um centro de inteligência artificial aplicada às cidades. “A Inteligência Artificial é uma das tecnologias habilitadoras para a indústria 4.0 das mais importantes que estão sendo utilizadas no nosso dia a dia e a gente vai trabalhar na nossa estratégia em grupos de ações focadas em eixos, verificando a questão da legislação, a regulação e uso ético da Inteligência Artificial, a governança, os aspectos internacionais”, explica Eliana.

Ainda de acordo com a coordenadora de Transformação Digital, a pasta também prepara políticas para fomentar ações nas áreas como o turismo, saúde, segurança e educação. “Estamos finalizando um sistema onde estamos montando um modelo de maturidade para ser utilizado pelas cidades. Estamos entrando numa fase de homologação do sistema onde os municípios poderão entrar nessa plataforma e saber como está de se tornar ou não uma cidade inteligente”, adianta ela sobre um sistema de indicadores para cidades inteligentes, previsto para ser disponibilizado no segundo semestre deste ano.

Para o vice-prefeito de Lages, Juliano Polese, uma cidade inovadora e inteligente é aquela utiliza ferramentas para melhorar a vida das pessoas. “Tem que ser uma cidade sensível, que usa essa infraestrutura pra mudar a realidade do município”, destaca. “O canal que utilizamos aqui é o nosso Centro de Inovação, o Orion Parque Tecnológico”, contou Polese, trazendo detalhes das ações desenvolvidas durante a pandemia para auxiliar as pequenas e médias empresas da cidade.

Palhoça é outro município catarinense que investe em tecnologia e inovação nos serviços públicos. A secretária de Administração de Palhoça, Cristina Schwinden, também acredita que os investimentos em Cidade Inteligente precisam atender a demanda do cidadão. “Uma das ações como preparação do nosso futuro como cidade inteligente é a PPP de Iluminação Pública, a maior do Estado de Santa Catarina, que celebramos contrato no ano passado. Nesse momento já estamos com 60% da modernização realizada”, conta a secretária sobre o serviço que vem sendo preparado para agregar novas tecnologias, entre elas para coleta inteligente de resíduos.

O superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação na Prefeitura de Florianópolis, Marcos Lichtblau, também destacou o trabalho de inovação da capital. Entre as metas da Prefeitura está disponibilizar os serviços municipais na palma da mão do cidadão. “Com o Departamento de Sistemas de Governo Eletrônico nós efetivamente estamos olhando das portas da prefeitura para dentro e olhando essa área de uma forma integrada, desenvolvendo um conceito de como Florianópolis vai trabalhar com a questão da transformação digital, das soluções para cidades inteligentes”, frisou Lichtblau.

O Webinar das Cidades Digitais da Grande Florianópolis e Região Serrana, apresentado pela jornalista Valdireni Alves, teve a parceria da S. Clara Comunicação, Sigma Telecom, Furukawa, ClipEscola, Playmove,  Horus Aeronaves e RX SAÚDE S/A.

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