Vamos ver como o Brasil vai participar da formação dessa nova ordem
Cerimônias de grande pompa lembram os 80 anos de uma das maiores e mais famosas operações militares da história. O desembarque de tropas aliadas nas praias da Normandia, na França, marcou o início da fase final da Segunda Guerra Mundial e a total destruição da Alemanha Nazista.
Cabe lembrar — inclusive como homenagem ao heroísmo de nossos pracinhas — que o Brasil também participou desse esforço. Mandando naquela mesma época 25 mil soldados para lutar na Itália, dos quais 467 perderam a vida.
Pode-se dizer que naquele dia de 1944 nascia o mundo no qual vivemos até agora. Foi a presença maciça dos Estados Unidos na Europa e o início de uma ordem internacional, sob liderança americana, que está acabando nestes momentos.
Da derrota alemã e da presença militar americana nasceu, pouco tempo depois, a Comunidade Europeia e sua sucessora, a atual União Europeia, um dos principais blocos políticos e econômicos do planeta. Que enfrenta hoje a maior guerra em sua região desde a Segunda Guerra — a brutal invasão da Ucrânia pela Rússia. E a perspectiva de retirada americana de seus compromissos de defesa do bloco, da quebra das cadeias produtivas criadas pela globalização e da própria unidade interna. A vitória final iniciada pelo Dia D na Normandia criou um mundo cuja formação o Brasil também participou.
Passados 80 anos daqueles memoráveis feitos militares, a ordem mundial está de novo numa espécie de balanço entre autocratas e os países que, mal ou bem, com todos seus defeitos e contradições, simbolizam democracia e direitos. Vamos ver como o Brasil vai participar da formação dessa nova ordem.
Fonte: CNN