Três municípios brasileiros estão com editais abertos para contratar edtechs que ajudem a resolver defasagem no ensino público. Até 14 de fevereiro, startups com soluções em tecnologia educacional podem se inscrever no Programa Impulsionar em Bonito (PE), Volta Redonda (RJ) e Santa Maria (RS).
A Secretaria de Educação de Bonito (PE) busca tecnologias que possam apoiar professores e gestores na elaboração de instrumentos avaliativos e no acompanhamento e análise dos dados de avaliações.
Em Volta Redonda (RJ) e em Santa Maria (RS), a procura é por uma plataforma digital de gestão e acompanhamento ágil de dados das avaliações e das escolas, subsidiando o aprimoramento de práticas pedagógicas baseadas em evidências.
Lançado em dezembro de 2021, o Programa Impulsionar conta com financiamento de Fundação Lemann, Imaginable Futures, BID Lab e parceria técnica de Quintessa e Instituto Reúna organizações que acreditam no potencial que soluções inovadoras em tecnologia podem trazer para a educação brasileira.
O objetivo é apoiar o desenvolvimento de habilidades em Língua Portuguesa e Matemática e a elaboração de plataformas de gestão que permitam o acompanhamento do desempenho dos estudantes do 6º ao 9º ano.
Os municípios de Guaramiranga (CE), Domingos Mourão (PI), Igarassu (PE) e Cabrobó (PE) receberam mais de 60 inscrições de edtechs. Cada um deles compôs um comitê para dar andamento à seleção.
“O programa é uma grande oportunidade para edtechs pois foca na dor de entrar, implementar e escalar soluções educacionais dentro do setor público”, diz Anna de Souza Aranha, diretora do Quintessa.
“Elas terão suporte financeiro e especializado em aceleração, educação, compras públicas e mensuração de resultados. Isso tudo de forma integrada com o suporte pedagógico que os professores e educadores das secretarias já estarão recebendo”, completa.
CINCO FASES
O Impulsionar tem cinco fases. A primeira é a inscrição e a seleção em programaimpulsionar.com.br a partir dos critérios de cada edital. A seguir, a aceleração conduzida pelo Quintessa, durante nove meses, para aprimorar a tecnologia a partir do feedback de educadores e estudantes.
Na fase seguinte, as edtechs inserem suas tecnologias na educação pública, com apoio financeiro a partir de R$ 100 mil, e passam por monitoramento periódico.
Em janeiro de 2023, na etapa final, os resultados do programa são sistematizados e as startups têm a oportunidade de escalar suas soluções dentro das secretarias municipais de educação.
Da Redação